10 Anos do Reboot: A História da franquia Planeta dos Macacos!

Em 2021, Planeta dos Macacos: A Origem (2011) completa 10 anos de seu lançamento original nos cinemas. Um sucesso de crítica e público, o filme foi responsável por promover o renascimento de uma das maiores franquias de Ficção-Científica da história. Isso porque, no cinema, a trajetória desses tão famosos símios nem sempre foi de glória. Na verdade, esse é um caso de franquia que foi do luxo ao lixo (sem querer ofender o trabalho de ninguém, claro) e depois ao luxo de novo.

Dito isso, para entender melhor essa história, hoje preparamos uma matéria, em uma espécie de linha do tempo, para explicar de forma sucinta toda a trajetória da franquia nas telas. Vamos a ela!

O início de tudo

Planeta dos Macacos é baseado em um livro francês de Pierre Boulle, publicado originalmente em 1963. A ideia de Boulle era fazer uma crítica social a alguns dos principais costumes humanos por meio de uma representação distópica da terra, onde os macacos são os seres inteligentes dominantes.

O clássico

O livro foi adaptado pela primeira vez no ano de 1968, em uma produção dos estúdios Fox. Em “O Planeta dos Macacos”, estrelado pelo astro Charlton Heston, junto de Rody Mcdowell e Kim Hunter, e dirigido por Franklin J. Schaffner, acompanhamos a história de um grupo de astronautas que em uma missão, acabam por parar em um mundo onde macacos escravizam humanos, para somente no final da projeção fazerem uma descoberta chocante sobre a verdade por trás dessa realidade.

A cena final do filme entrou para a história do cinema como uma das mais icônicas de toda a sétima arte e O Planeta dos Macacos é altamente reconhecido por sua mensagem antibelicista em pleno contexto da Guerra Fria.

Além disso, um dos maiores destaques do filme foi o incrível trabalho de maquiagem feito por John Chambers para a criação dos macacos em si. Ele foi tão marcante que venceu um Oscar especial de Melhor Maquiagem em 1969, numa época em que essa categoria ainda não era fixa na premiação.

Continuações nem tão bem-sucedidas…

O sucesso, tanto de crítica, quanto de público, de O Planeta dos Macacos levou a Fox a investir em mais filmes e o original ganhou, então, 4 continuações. Foram elas De Volta ao Planeta dos Macacos (1970), Fuga do Planeta dos Macacos (1971), Conquista do Planeta dos Macacos (1972) e A Batalha no Planeta dos Macacos (1973).

Nenhuma delas, porém, foi tão bem-sucedida quanto o original.

Séries de TV

Além das continuações no cinema, o filme ganhou também duas séries de TV, na tentativa um tanto quanto falha de migrar a franquia para essa mídia. A primeira delas, com o mesmo nome do filme original, foi em 1974 e em live action. Durando somente 14 episódios, ela contava com o retorno de Rody Mcdowell para o elenco. Já a outra, foi uma animação chamada de De Volta ao Planeta dos Macacos (mesmo nome do segundo longa) que durou 13 episódios, que foram ao ar em 1975.

Tentativa de um reboot

Após as séries, a franquia ficou durante bastante tempo afastada das telas. Os planos para um retorno começaram ainda nos anos 80 (mais especificamente em 1988), com o projeto passando pelas mãos de nomes como Oliver Stone (Platoon, Assassinos por Natureza) e Peter Jackson (O Senhor dos Anéis, King Kong), e, também sendo considerados para assumi-lo, Sam Raimi (Trilogia Homem-Aranha) e Chris Columbus (Harry Potter e a Pedra Filosofal).

Depois de muito tempo de debates, em 2001, a primeira tentativa de retorno finalmente aconteceu, com um longa comandado por Tim Burton (Beetlejuice, Batman) e estrelado por Mark Wahlberg. Apresentando uma nova proposta e trama bem diferentes do original, o filme acabou por se tornar um fracasso de crítica e público, frustrando mais uma vez os planos da Fox.

Renascimento

Porém, foi em 2011 que Planeta dos Macacos retornou com tudo para as telas. Nesse ano, foi lançado Planeta dos Macacos: A Origem, que celebramos 10 anos de lançamento. Estrelado por James Franco, o filme mostrou como os macacos construíram seu caminho de domínio sobre a raça humana, sendo essa trama muito semelhante com a vista em A Conquista do Planeta dos Macacos, de 1972.

Com excelentes efeitos especiais, uma boa direção de Rupert Wyatt e um bom roteiro de Amanda Silver e Rick Jaffa, o filme foi um retorno digno e merecido para a franquia, que agora ganhava vida nova e era apresentada para uma nova geração, marcando uma espécie de renascimento das cinzas depois de muito tempo de amargura.

De volta a aclamação

Com A Origem sendo um grande sucesso comercial e de crítica, as portas estavam abertas para continuações. Dito isso, foi o diretor Matt Reeves (o mesmo que comandará The Batman, com Robert Pattinson) o escolhido para assumir uma sequência. Assim, Planeta dos Macacos: O Confronto, estreou em 2014. Mais um sucesso, o longa deu a oportunidade de Reeves encerrar uma trilogia, com Planeta dos Macacos: Guerra, sendo lançado em 2017 e encerrando com chave de ouro a nova história dos símios nas telas.

Esses três filmes, com Andy Serkis (o Gollum de Senhor dos Anéis) como Cesar, o líder dos macacos e algo que não poderia passar em branco, são considerados uma das melhores trilogias da década, elevando mais uma vez Planeta dos Macacos ao nível que esse nome merece.