20 Anos de A Sociedade do Anel: A História por trás de O Senhor dos Anéis no Cinema!

20 Anos de A Sociedade do Anel: A História por trás de O Senhor dos Anéis no Cinema!

Um Anel para a todos governar, um Anel para encontrá-los. Um Anel para todos trazer e na escuridão aprisioná-los.”

Em 2021, completam-se 20 anos desde que O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001) fez a sua estreia nos cinemas. Uma das maiores realizações cinematográficas da história, a trilogia de filmes sobre a Terra Média, inspirada na obra de J. R. R. Tolkien, filólogo, escritor e um dos maiores nomes da literatura de fantasia moderna, marcou época e impactou o cinema de muitas formas, quebrando recorde atrás de recorde e consolidando-se como um dos projetos mais audaciosos e bem-sucedidos que a sétima arte já viu.

J. R. R. Tolkien.

O que muita gente (provavelmente) não sabe, porém, é que a história de O Senhor dos Anéis no cinema não começa em 2001. Na verdade, o universo criado por Tolkien já havia sido adaptado para as telonas no ano de 1978, com uma animação dirigida por Ralph Bakshi e com um elenco formado por nomes como John Hurt (O Homem Elefante, 1980) e Anthony Daniels (o C-3PO de Star Wars). Adaptando somente o primeiro livro e parte do segundo, a animação, intitulada simplesmente de “O Senhor dos Anéis”, apesar de um considerável sucesso financeiro, não foi muito bem recebida pela crítica e público da época, que a consideraram uma adaptação falha da obra original, jamais ganhando uma continuação/conclusão.

Pôster da animação de 1978.

Apesar disso, nas últimas décadas, essa adaptação animada vem ganhando reconhecimento, e não seria um exagero dizer que a trilogia aqui em questão, que celebramos 20 anos de lançamento, jamais teria ocorrido sem a animação de 1978. Esse argumento pode ser justificado pelo simples fato de que Peter Jackson, o homem por trás da tão amada trilogia live action, só foi conhecer a obra de Tolkien por meio da primeira adaptação e já assumiu em entrevistas que a mesma foi uma grande influência para a realização dos seus três longas.

Produtor, diretor e roteirista da trilogia Senhor dos Anéis, Peter Jackson era famoso por seus trabalhos anteriores em filmes trash de baixo orçamento, como Trash: Náusea Total (1987) e Fome Animal (1992). Ele começou a pensar na realização da adaptação dos livros de Tolkien em meados da década de 90 (1995, para ser bem específico), quando também planejava levar para as telas a sua versão da história de King Kong, que foi engavetada e, assim, o fez optar por realizar Senhor dos Anéis primeiro. Sua trilogia foi concluída em 2003, com O Retorno do Rei, e a sua versão de Kong acabou por ser lançada em 2005.

Peter Jackson.

Oficialmente, a produção da trilogia se iniciou em 1997, com Jackson, sua esposa, Fran Walsh e Philippa Boyens desenvolvendo o roteiro e, paralelamente, a produção artística dando os seus primeiros passos. As filmagens dos três filmes se deram em sua maioria na terra natal de Jackson, a Nova Zelândia, e ocorreram simultaneamente entre Outubro de 1999 e Dezembro de 2000. A Sociedade do Anel foi lançado em 2001, As Duas Torres em 2002 e O Retorno do Rei em 2003, resultando em cerca de 8 anos de produção.

Altamente aclamados por crítica e público, a trilogia O Senhor dos Anéis, como dito, foi um marco para o cinema, constituindo algo sem precedentes. Acumulando recorde atrás de recorde, o espetáculo cinematográfico de Jackson e cia faturou mais de 2,9 bilhões de dólares ao redor do mundo e levou 17 estatuetas do Oscar, de um total de 30 indicações, sendo 11 prêmios somente para O Retorno do Rei, que subiu no pódio dos maiores vencedores da premiação ao lado de Ben-Hur (1959) e Titanic (1997), ambos também com 11.

O produtor Barry M. Osborne, Peter Jackson e sua esposa com seus amigos dourados de Melhor Filme conquistados em 2004, por O Retorno do Rei.

Dentre os principais pontos que se destacam ao assistirmos O Senhor dos Anéis, e que provam que essa trata-se de uma inquestionável obra-prima épica de fantasia, estão os efeitos especiais, revolucionários para uma época onde o uso de técnicas digitais, o CGI (imagens geradas por computador), e a técnica de captação de movimentos ainda estavam em desenvolvimento. Estes filmes foram, assim, um empurrão essencial para a sua evolução; a fotografia, locações e figurinos impecáveis; cenas de ação e batalhas memoráveis e epicamente elaboradas; a belíssima trilha sonora de Howard Shore e um roteiro que, apesar de mudar alguns pontos da trama do seu material fonte, conseguiu, em suma, manter os temas e a essência da obra de Tolkien.

Além de todos os pontos destacados anteriormente, seria inevitável não destacar o elenco de primeira dos três filmes, recheado de estrelas e performances marcantes. Entre eles, Sir Christopher Lee como Saruman, Orlando Bloom como Legolas, Viggo Mortensen como Aragorn, Cate Blanchet dando vida a Galadriel, Ian Mckellen como o mago Gandalf, Andy Serkis na incrível e revolucionária captação de movimentos para Gollum e a dupla Elijah Wood e Sean Astin como os Hobbits Frodo e Sam, respectivamente.

Dentre todos os membros do elenco dos filmes, Christopher Lee foi o único que conheceu Tolkien.

O que a trilogia original de Star Wars foi para o cinema do final dos anos 70 e início dos 80 é o que O Senhor dos Anéis foi para o cinema dos anos 2000, sendo a trilogia de Jackson o maior acontecimento cinematográfico desta década e do século XXI, até agora. Tida como infilmável por muitos, o audacioso projeto podia, sim, ter dado errado, se não estivesse nas mãos de um diretor como Jackson, que conseguiu nos levar para uma verdadeira viagem imersiva pela Terra Média, assim como George Lucas nos transportou para uma galáxia muito, muito distante. Mais tarde, Jackson ainda veio a adaptar O Hobbit, obra também de Tolkien e que conta os eventos pregressos dos vistos em O Senhor dos Anéis.

De fato, Peter Jackson e toda a sua equipe honraram a obra de Tolkien e seus fãs de longa data (a trilogia O Hobbit não foi tão aclamada. Porém, foquemos em O Senhor dos Anéis, por agora). Mais do que isso, esses filmes também a apresentaram para uma nova geração fãs, e, consequentemente, consolidaram ainda mais a lenda de O Senhor dos Anéis e seus temas de amizade, perseverança e do bem contra o mal, pensados com tanto carinho pelo professor John Ronald Reuel Tolkien.

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