KISS Contra o Fantasma do Parque: A bizarra tentativa da banda de fazer um Filme!

KISS Contra o Fantasma do Parque: A bizarra tentativa da banda de fazer um Filme!

“Ele criou o KISS para derrotar o KISS… e ele falhou!”

Fundada em 1973 por Paul Stanley (Guitarra Base e Vocais) e Gene Simmons (Baixo e Vocais), ao lado de Ace Frehley (Guitarra Solo e Vocais) e Peter Criss (Bateria e Vocais), o KISS, que celebra 50 anos de estrada em 2023, atualmente promove a sua End of the Road World Tour, uma turnê mundial que promete ser a última de sua carreira e que vem passando pelo Brasil nas últimas semanas com shows nas cidades de Manaus, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Florianópolis.

Ícones globais, muito mais do que uma simples banda de Rock, os mascarados se consagraram como uma das marcas mais valiosas do mundo da música, onde, além de já terem vendido mais de 100 milhões de discos ao redor do mundo, se provaram mestres do marketing, faturando verdadeiras fortunas com a venda de produtos licenciados como camisetas, histórias em quadrinhos e bonecos.

Stanley e Simmons (esq) atualmente são acompanhados por Tommy Thayer e Eric Singer (dir), que substituem Frehley e Criss.

De toda forma, em meio a tantos triunfos, há uma história que, por muito tempo, a própria banda fez de tudo para tentar esquecer: a sua infame tentativa de realizar um filme.

Em meados dos anos 70, o KISS vivia o auge de sua popularidade. Nessa época, as maquiagens e os shows recheados de pirotecnias e efeitos especiais eram febre entre os jovens. Dito isso, foi nesse período em que, pensando em ir além e inspirados principalmente pelos êxitos cinematográficos de artistas como os Beatles, surgiu a ideia de “KISS Contra o Fantasma do Parque” (1978), um longa-metragem feito diretamente para a televisão e produzido pela Hanna-Barbera Productions– estúdio famoso pela criação de animações consagradas como Os Flintstones e Scooby-Doo.

Imaginar um filme estrelado pelo KISS, a princípio, não é lá uma ideia tão fora da caixa. Afinal, duas das grandes marcas registradas da banda de Hard Rock sempre foram a imagem de super-heróis dos quadrinhos em suas personas e o conceito quase que “cinematográfico” de suas performances nos palcos. Como dito pelo próprio Paul Stanley, “Quando fomos abordados para realizar um filme, a ideia nos foi vendida como um A Hard Day’s Night [primeiro longa estrelado pelos Beatles] misturado com Star Wars. Então nós pensamos que isso realmente fosse uma boa ideia”.

Pôster do filme.

Na trama, Paul Stanley, Gene Simmons, Ace Frehley e Peter Criss interpretam seus respectivos personagens do KISSThe Starchild, The Demon, The Spaceman e The Catman, que devem utilizar seus superpoderes para derrotar o cientista Abner Devereaux (Anthony Zerbe). Insatisfeito com o show dos roqueiros ter se tornado o principal chamariz do parque de diversões em que ele é o responsável por desenvolver as atrações, Devereaux decide criar versões malignas dos membros da banda (!) para enfrentar e destruir o KISS verdadeiro.

Com um orçamento estimado em cerca de US$ 3 milhões, KISS Contra o Fantasma do Parque (no original KISS Meets the Phantom of the Park) foi ao ar nos Estados Unidos pela rede NBC, em 28 de outubro de 1978. Por conta da popularidade do grupo, os resultados de audiência foram positivos, com o filme sendo um dos maiores sucessos da emissora naquele ano. Em 1979, uma versão para os cinemas foi lançada na Europa e na Oceania.

A recepção por parte da crítica e dos fãs, por outro lado, não foi das melhores. As atuações limitadas dos membros do quarteto (que nunca antes haviam se envolvido com atuação em um filme em si), a trama rasa, o humor excêntrico e os efeitos especiais malfeitos foram, indubitavelmente, os “destaques” da obra, fazendo de KISS Contra o Fantasma do Parque uma joia rara.

Na verdade, esse é um filme cujo nível de bizarrice chega a causar inveja nas mais autênticas Comédias e Filmes de Ação “B” de baixo orçamento, onde até mesmo as sequências musicais envolvendo as cancões da banda parecem deslocadas e sem sentido- e é claro que tudo isso foi mais do que o suficiente para que, com o passar do tempo, o filme se tornasse um cult, sobretudo entre os fãs do grupo.

Bastidores do filme.

Reza a lenda que, por muito tempo, o KISS chegou a proibir que a obra fosse sequer mencionada na presença deles. Entretanto, hoje em dia, os integrantes da banda lidam com o assunto com muito mais tranquilidade. Apelidado por Paul Stanley de “um filho feio”, assistir KISS Contra o Fantasma do Parque pode ser, para os fãs do grupo em especial, uma experiência válida. Acima de tudo, pela curiosidade de justamente testemunhar as anormalidades desse que se tornou o filme obscuro da “Banda Mais Quente do Mundo.”

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