Adeus a Gene Hackman: Um Ícone do Cinema nos Deixa aos 95 Anos

O mundo do cinema perdeu um de seus maiores astros na madrugada desta quinta-feira (27). Gene Hackman, vencedor de dois Oscars e dono de uma carreira brilhante e multifacetada, faleceu aos 95 anos ao lado de sua esposa, Betsy Arakawa, em sua residência em Santa Fe, nos Estados Unidos. A polícia local informou que não há indícios de crime, e a causa da morte ainda está sendo investigada (via Variety).

Hackman deixou um legado inestimável na sétima arte. Desde sua estreia nas telas em 1961, o ator se destacou por sua versatilidade e intensidade, marcando presença em alguns dos maiores filmes do século XX. Seu primeiro grande reconhecimento veio com Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas (1967), que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar. Mas foi em 1971 que ele consolidou seu status como uma lenda de Hollywood ao interpretar o policial Jimmy “Popeye” Doyle no clássico Operação França. Sua atuação intensa e realista não só lhe garantiu o Oscar de Melhor Ator, mas também ajudou a redefinir o cinema policial da época.

Nos anos seguintes, Hackman continuou a demonstrar seu talento em uma variedade de papéis icônicos. Em A Conversação (1974), de Francis Ford Coppola, entregou uma performance introspectiva e inquietante, mostrando seu alcance dramático. Já em Superman (1978), deu vida a um dos vilões mais memoráveis do cinema, o excêntrico Lex Luthor, papel que repetiu em suas sequências.

Nos anos 1990, voltou a brilhar em Os Imperdoáveis (1992), dirigido por Clint Eastwood, interpretando o implacável xerife “Little Bill” Daggett. O papel lhe rendeu seu segundo Oscar, desta vez como Melhor Ator Coadjuvante. Seu talento para transitar entre gêneros o levou a atuar em sucessos como Maré Vermelha (1995), A Firma (1993) e Os Excêntricos Tenenbaums (2001), sua última grande atuação antes da aposentadoria.

Hackman se retirou do cinema no início dos anos 2000, optando por uma vida mais tranquila ao lado da esposa Betsy Arakawa, com quem era casado desde 1991. Longe das telas, dedicou-se à escrita e publicou alguns romances.

A partida de Gene Hackman marca o fim de uma era para o cinema. Seu legado permanecerá vivo através de suas performances inesquecíveis, que continuam a inspirar gerações de atores e cineastas.