Marvel passa por reformulação e muda estratégia para séries: “Menos interligações, mais qualidade”

Marvel passa por reformulação e muda estratégia para séries: “Menos interligações, mais qualidade”

Após uma sequência de insucessos e críticas sobre a direção criativa de seus projetos, a Marvel Studios está passando por uma reformulação profunda, liderada pelo presidente Kevin Feige. A nova abordagem não se limita ao cinema: o setor de séries e animações também será impactado por mudanças significativas, segundo revelou Brad Winderbaum, chefe da divisão televisiva e de animação do estúdio.

Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Winderbaum explicou que o foco agora será produzir menos e com mais consistência:

“A ideia é fazer séries que realmente tenham temporadas. Devemos lançar uma ou duas séries em live-action e duas animações por ano.”

Essa nova filosofia marca uma ruptura com o modelo adotado nos últimos anos, em que cada nova série parecia ser mais uma peça de um quebra-cabeça gigante e, para muitos fãs, cansativo. O próprio Feige, segundo fontes do Wall Street Journal, reconheceu internamente que “assistir todas às séries de TV e filmes havia começado a parecer mais um dever de casa do que entretenimento”.

Adeus (por enquanto) aos grandes astros

Uma das mudanças mais imediatas será a redução de participações de grandes estrelas do cinema nas séries. A estratégia anterior, que envolvia personagens como Loki (Tom Hiddleston), Wanda (Elizabeth Olsen) e Nick Fury (Samuel L. Jackson) protagonizando suas próprias tramas, dificultava a produção de novas temporadas.

“Produzir séries com nomes de peso tornou muito desafiadora a produção de segundas temporadas; as margens na TV são menores. Eles ainda podem aparecer, mas não como protagonistas”, explicou Winderbaum.

Menos interligações, mais independência

Outro ponto importante será o tom das novas produções. Embora o MCU siga interligado, o estúdio quer evitar que o público se sinta obrigado a assistir a todas as séries para entender o universo como um todo.

“Você deve ser capaz de assistir a essas séries por conta própria, sem precisar conhecer toda a história do MCU. Ao mesmo tempo, se não houver conexão, isso corta o que faz do MCU o MCU.”

A decisão parece ser uma resposta direta à “fadiga do conteúdo” enfrentada pela franquia nos últimos anos, quando o excesso de lançamentos no Disney+ acabou afastando o público e diluindo a qualidade das histórias.

Reconstrução em curso

Essa nova fase visa “colocar a companhia de volta nos trilhos”, buscando equilibrar qualidade e coerência, ao invés de quantidade. O plano é mais ambicioso do que uma simples redução de conteúdo: trata-se de repensar como as histórias são contadas dentro do universo Marvel, respeitando o público e o tempo de cada fã.

Com menos lançamentos, narrativas mais autossuficientes e um foco renovado em desenvolvimento criativo, a Marvel espera reconquistar a confiança de seu público — e mostrar que ainda é capaz de surpreender.


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