Recentemente, uma fala de James Gunn gerou alvoroço entre os fãs da Marvel. Em entrevista à Rolling Stone (via Comic Book Movie), o diretor e atual comandante criativo da DC Studios comentou sobre o excesso de conteúdo produzido pela Marvel Studios nos últimos anos, o que muitos interpretaram como uma crítica direta à queda de qualidade e ao possível desgaste da marca. Diante da repercussão negativa, Gunn foi às redes sociais esclarecer o contexto de sua declaração.
Em publicação feita no Threads, o cineasta reforçou que suas palavras foram tiradas de contexto: “Para deixar claro, mesmo já estando claro na entrevista, eu não disse que ‘isso os matou’, como se eles estivessem acabados. Mas, sim, eles foram prejudicados por uma situação sobre a qual não tinham controle.”
Gunn se referia ao momento em que o mercado audiovisual foi forçado a priorizar o streaming em detrimento das estreias nos cinemas, provocando uma demanda exagerada por conteúdo e dificultando a manutenção de qualidade.
“A febre de sacrificar tudo pelo streaming acabou com muitas coisas boas, forçando uma demanda de conteúdo impossível de ser atendida, colocando filmes na TV antes mesmo de terem uma exibição cinematográfica adequada. Essa insanidade diminuiu e se estabilizou em todos os lugares. Ainda bem.”
O comentário original foi feito no contexto da reformulação da indústria do entretenimento após os impactos da pandemia e da transição acelerada para o modelo de streaming — um movimento que afetou diversos estúdios, incluindo a Marvel Studios, que chegou a lançar mais de cinco produções por ano entre filmes e séries.
James Gunn, que encerrou sua jornada na Marvel com Guardiões da Galáxia Vol. 3, já deixou claro que não há planos imediatos para retornar ao estúdio, apesar de seu carinho pela franquia e pelos personagens que ajudou a tornar ícones da cultura pop moderna.
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Atualmente, Gunn está à frente da reformulação do Universo DC nos cinemas, ao lado do produtor Peter Safran. Juntos, os dois preparam uma nova fase da franquia da Warner Bros., com múltiplos projetos em desenvolvimento — incluindo o aguardado Superman de 2025.
Ainda assim, Gunn alimenta as esperanças dos fãs mais otimistas ao dizer que não descarta, no futuro, um possível crossover entre Marvel e DC: “Nada está confirmado, mas nunca diga nunca.”
Por ora, o diretor segue focado em reconstruir a DC e se afastando de qualquer envolvimento direto com a Marvel, embora sua visão crítica sobre os rumos da indústria indique que o equilíbrio entre quantidade e qualidade será um dos pilares centrais da nova era que ele pretende liderar.
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