Conhecido por suas ousadas adaptações animadas de Castlevania e Devil May Cry na Netflix, o produtor Adi Shankar acaba de anunciar sua mais nova empreitada no mundo do entretenimento: a aquisição dos direitos da icônica franquia Duke Nukem. Em entrevista ao site Esquire, Shankar confirmou que comprou os direitos diretamente da Gearbox, deixando claro que não se trata dos jogos em si, mas sim da propriedade intelectual voltada à adaptação audiovisual.
“Eu comprei os direitos de Duke Nukem. Não os direitos dos jogos, mas comprei da Gearbox”, revelou o produtor. Segundo ele, o projeto ainda está em fase inicial, mas há planos para desenvolvê-lo potencialmente como uma série.
Com seu estilo irreverente, Shankar adiantou o tom do que vem por aí: “É um dedo do meio para todo mundo. Quando Duke Nukem estourou, um monte de gente tentou transformar aquilo numa marca, mas é só um dedo do meio. Duke Nukem não pode ser feito por uma corporação, porque no momento em que uma corporação faz Duke Nukem, deixa de ser Duke Nukem. Não pretendo deixar ninguém me dizer o que fazer neste projeto.”
A fala deixa clara a intenção de preservar o espírito provocador e anárquico do protagonista, algo que tem sido uma marca registrada dos trabalhos de Shankar, que costuma tratar suas adaptações com respeito ao material original e uma dose de subversão criativa.
Lançado originalmente em 1991 pela Apogee Software, Duke Nukem se tornou uma das franquias mais emblemáticas dos jogos de tiro, alcançando uma receita estimada em US$ 1 bilhão ao longo das décadas. O herói-título, uma mistura de John Rambo com heróis de ação dos anos 1980, é conhecido por sua atitude exagerada, frases de efeito e violência estilizada, enfrentando alienígenas invasores em cenários que vão de clubes de strip a bases lunares.
Curiosamente, há cerca de três anos a Legendary Entertainment havia anunciado planos para um filme live-action da franquia, com os criadores de Cobra Kai — Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg — à frente da produção. Ainda não se sabe como o novo acordo de Adi Shankar impactará essa iniciativa anterior, nem se os projetos coexistirão ou se o de Shankar assumirá o protagonismo.
O que está claro, no entanto, é que Shankar pretende fazer jus à reputação explosiva de Duke Nukem, sem amarras corporativas ou filtros. Para os fãs da franquia e do estilo irreverente do produtor, essa pode ser a combinação perfeita para trazer o anti-herói de volta ao estrelato — e com muito estilo.
Hail to the king, baby.
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