Com o roteiro de Batman: Parte 2 finalmente concluído, o roteirista Mattson Tomlin — que assina o texto ao lado de Matt Reeves — decidiu comentar um dos debates mais acalorados da indústria: a suposta “fadiga” dos filmes de super-heróis.
Respondendo a um seguidor no X (antigo Twitter), Tomlin não fugiu do tema e abordou de forma franca o atual momento de Hollywood. “A verdade é que nem todo personagem precisa de um filme”, escreveu o roteirista. “Mas, falando sério… a indústria cinematográfica vem disputando por atenção contra os videogames, YouTube, TikTok e a internet em um nível totalmente novo. Um filme precisa justificar sua existência, seja ele de herói ou não.”
A declaração surge em meio a um momento delicado para o gênero, após uma sequência de lançamentos mal recebidos tanto da Marvel Studios quanto da DC. Parte do público e da crítica tem apontado que a “era dos super-heróis” estaria em declínio, citando a saturação de personagens pouco relevantes e histórias derivativas como os principais responsáveis pelo desgaste.
Tomlin parece concordar parcialmente com essa visão, ao sugerir que o problema não está no gênero em si, mas na falta de propósito criativo de algumas produções. A ideia ressoa com análises recentes que apontam para um esgotamento de ideias originais em meio à avalanche de continuações e derivados.
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Enquanto isso, o roteiro de Batman: Parte 2 já está sob análise de James Gunn e Peter Safran, os co-CEOs da DC Studios. O filme, estrelado por Robert Pattinson, é uma das apostas mais aguardadas do selo DC Elseworlds, linha paralela ao novo universo principal da DC comandado por Gunn.
As filmagens devem começar no fim de 2025, embora o cronograma oficial ainda não tenha sido divulgado. Após uma série de atrasos e revisões no roteiro, o longa teve sua estreia adiada para outubro de 2027 — um intervalo considerável desde o lançamento do primeiro filme em 2022.
Com um tom mais sombrio e investigativo, Batman: Parte 2 promete dar continuidade à abordagem mais autoral iniciada por Matt Reeves. Em meio às incertezas sobre o futuro do gênero, o longa tenta provar que ainda há espaço para grandes histórias de super-heróis — desde que elas, como disse Tomlin, tenham um motivo real para existir.
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