O crescimento da indústria de anime no cenário internacional vem atraindo cada vez mais os olhares de grandes players do streaming, e a Netflix já deixou claro que pretende ocupar o posto de liderança mundial nesse segmento. Em recente entrevista, a vice-presidente de Conteúdo para Ásia, Kim Minyoung, e o diretor de Conteúdo da Netflix Japão, Yuuji Yamano, detalharam as ambições da plataforma para o futuro das animações japonesas no catálogo (via Anime Corner).
Kim foi direta ao afirmar que seu objetivo é “tornar a Netflix o maior serviço de streaming do mundo para anime”. Para isso, a empresa vem testando novos formatos de distribuição e preparando uma nova fase de expansão, com investimentos ainda maiores em títulos originais, tanto em séries quanto em longas-metragens.
Segundo Yamano, alguns projetos já marcaram mudanças significativas na estratégia do serviço. Um dos exemplos citados foi Baki, lançado em 2018 como exclusivo da plataforma. “À medida que a série progredia, a comunidade de fãs crescia globalmente”, explicou o executivo. Outro caso de destaque é Meu Casamento Feliz, adaptação de uma light novel da KADOKAWA, que surpreendeu por conquistar uma enorme audiência mesmo sem seguir o estilo tradicional dos mangás shonen.
“Algo que minha parceira mencionou especificamente foi Meu Casamento Feliz. A obra não é ousada nem baseada em um shonen, mas sim mais próxima de um shoujo, e mesmo assim foi muito assistida globalmente. Além disso, após o lançamento, as vendas da versão em mangá tiveram um aumento significativo internacionalmente”, revelou Yamano.
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A repercussão desses títulos consolidou a ideia de que há espaço para narrativas diversificadas dentro do catálogo da Netflix, que pretende expandir não apenas em quantidade, mas também em variedade de gêneros. A expectativa é que, nos próximos anos, a plataforma fortaleça ainda mais sua posição como referência mundial em animes, alcançando públicos além dos fãs tradicionais.
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