Crítica — ”Divertida Mente 2″ aborda ansiedade com sensibilidade de aquecer o coração do público 

Crítica — ”Divertida Mente 2″ aborda ansiedade com sensibilidade de aquecer o coração do público 

Nos últimos anos, apostar em sequências tem sido lugar comum para a Pixar. Há quem torça o nariz diante desse cenário, mas a tendência cada vez maior do domínio da nostalgia na produção em massa de hollywood é incontornável. Assim, após filmes como as duas sequências de “Carros” e “Os Incríveis 2”, é chegada a hora de um dos grandes sucessos do estúdio na útima década ter sua história perpetuada: “Divertida Mente“. Lançada em 2015, a animação foi a quinta maior bilheteria daquele ano, além de ter faturado o Oscar de Melhor Longa Animado em 2016. 

Divertida Mente 2“, sendo assim, adapta a proposta do filme original para um coming of age. Logo no começo, um prólogo estabelece a nova fase da vida da jovem Riley após os acontecimetos do longa-metragem anterior. Agora, ela já não é mais uma criança. A chegada da puberdade, com isso, é o motivo principal para o surgimento de novas emoções.

O filme, nesse contexto, fala sobre assuntos que geralmente as produções desse tipo costumam tratar. A sua estrutura narrativa aventuresca, por sua vez, também é a mesma de seu antecessor. Entretanto, o diferencial vem a ser a execução de tudo.

Um ritmo excelente é mantido o tempo inteiro nesse segundo Divertida Mente. Enquanto é possível observarmos que, nos últimos anos, alguns filmes de animação acabam culminando em histórias tomadas por “encheções de linguiça” entediantes, a nova produção da Pixar segue um caminho que é o exato contrário. “Divertida Mente 2” flui de uma forma que só resta para o espectador embarcar em sua proposta, se deixando levar pelo carisma, pelas cores e pela riqueza de conceitos que tomam conta da projeção.

A peteca não cai em momento algum, já que sempre sentimos a imersão de uma história que deseja chegar à algum lugar ou discussão. A expansão da proposta primária aborda a criatividade, emoções reprimidas e até a escolha de uma carreira. Mas o conceito das convicções é um dos que mais se destaca. Como dito, Riley não é mais criança, e o filme apresenta as memórias como peças fundamentais de valores que nos moldam como pessoas caminhando para a maturidade.

Além disso, as novas emoções, além de serem o grande chamariz do longa como um todo, são igualmente determinantes para o debate que “Divertida Mente 2” quer estabelecer. A Vergonha e o Tédio chegam para fazer companhia às velhas conhecidas Alegria, Tristeza, Raiva, Nojinho e Medo. O destaque, de qualquer forma, é todo da ansiedade. Vivemos em um mundo cada vez mais ansioso, e é interessante termos um filme que aborde de forma tão condizente um assunto merecedor dessa atenção.

Alguns dos momentos mais emocionantes do longa envolvem justamente o tema da Ansiedade. E se as produções da Pixar são campeãs em comover seus espectadores com um pouco mais de idade, aqui pode não ser diferente para certas pessoas. O surgimento dessa emoção chega para bagunçar tudo, e é na forma como o filme ilustra situações envolvendo a sensação de insuficiência, o medo das coisas não darem certo e até crises de pânico e de insônia que ele acerta em cheio na sensibilidade – algo comum em muitas das animações do estúdio.

Portanto, a estrutura da aventura pode até ser a mesma. A mensagem, no final, também é bastante semelhante a do primeiro filme: novas emoções chegarão com o decorrer da vida. Saber se adaptar à elas é uma necessidade essencial. Entretanto, o caminho até aqui se torna o verdadeiro diferencial. Esse segundo Divertida Mente estabelece essa como uma franquia que, se mantida a coesão na execução de suas possibilidades, altas serão as chances dela ainda deixar o seu público com aquele quentinho no coração.

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