Durante a San Diego Comic-Con, a Marvel Studios apresentou o calendário com os dois próximos filmes dos Vingadores no cinema: Dinastia Kang, previsto para o dia 2 de maio de 2025; e Guerras Secretas, no dia 7 de novembro do mesmo ano. Aqui vamos falar das história que serão referência para o segundo.
Enquanto a primeira edição de Guerras Secretas, em 1984, foi um crossover acidental que ganhou importância com o tempo; a segunda, em 2015, funcionou como um “soft reboot” de toda a cronologia da editora. E ambas possuem elementos que estão aparecendo aos poucos no Universo Cinematográfico Marvel.
Mas o que foram as Guerras Secretas? Por que elas aconteceram? O que resultou disso e qual a importância para o futuro do MCU? É sobre isso que falaremos logo abaixo.
As primeiras Guerras Secretas
Na década de 1980, a Marvel Comics – e a indústria como um todo – viu um declínio no interesse em quadrinhos de super-heróis. Desde então, a indústria de brinquedos se baseou fortemente nesses personagens e histórias.
Neste momento, a produtora pediu à Marvel Comics que criasse uma história que reunisse todos os seus personagens principais, heróis e vilões, em batalha, para ser o “pretexto” para uma nova linha de brinquedos. E foi assim que surgiu as Guerras Secretas em 1984, com uma premissa muito simples: um ser misterioso e onipotente, conhecido como o Beyonder, reunirá os “grandes heróis e vilões da Terra” no mundo/campo de batalha conhecido como Battleworld – Seria “curioso” para medir quem é mais forte e conhecer melhor as pessoas.
Olha, embora a motivação e o próprio Beyonder sejam fracos, essa ideia deu certo e foi um grande sucesso, ela provocou mudanças na natureza de vários personagens – a partir daí, por exemplo, o simbionte que se transformou no uniforme preto do Homem-Aranha. , e quem seria considerado veneno. Além disso, após as Guerras Secretas, tanto a Marvel Comics quanto a DC Comics perceberam um forte interesse público na continuidade, onde os personagens interagem com mais frequência, em uma ordem cronológica que faz mais sentido.
A primeira Guerras Secretas foi lançada em 1984 e, desde então, a Marvel começou a pensar em muitos crossovers dentro de suas franquias (como a saga Onslaught of Mutants com os X-Men), e até publicou uma sequência, Guerras Secretas II, que não deu muito certo — afinal, ficou claro que não havia necessidade de publicar e foi um acompanhamento “follow-up” para aproveitar a fama conquistada com o primeiro evento.
A reformulação do Universo Marvel pré-Guerras Secretas de 2015
No entanto, no início dos anos 2000, Joe Quesada, se tornou o editor-chefe da Marvel Comics, e tinha como principal objetivo restaurar outras franquias que não estavam vindo tão bem, como Homem-Aranha e Os Vingadores. Mas, você sabe, convencer os gerentes a partir de ideias que funcionaram tão bem por décadas não é fácil.
Por isso, a Marvel usou o Universo Ultimate, Terra-1616, como um “laboratório” para criar versões alternativas de seus personagens principais atualizados para novos leitores. Desta forma, temos uma nova história de origem para o Homem-Aranha, assim como para os X-Men, os Vingadores e o Quarteto Fantástico.
Os Vingadores se desfizeram, no reboot, a linha Ultimate estava começando a florescer, trazendo uma abordagem crua e realista aos Vingadores e um novo Homem-Aranha que conquistou o público. Miles Morales teve tanto sucesso que a empresa considerou incluí-lo na linha do tempo principal, embora desde o início tenha prometido que a Terra-1616 seria completamente separada da Terra-616.
Quando o Homem de Ferro foi lançado pela Marvel Studios em 2008, o remake dos quadrinhos também começou a ganhar aspectos da telona, para que quando o público lê-se as HQs, conseguisse enxergar os mesmos personagens que eles estavam vendo no cinema . Um exemplo dessa mudança, foram as aparências de Tony Stark e Nick Fury, que ficaram parecidos com os atores dos filmes.
Depois, houve a treta entre a Marvel Entertainment e a Fox Films, que, ao contrário de outras empresas que detinham os direitos de uso dos personagens da Marvel, não tinha nenhum interesse em fazer uma parceria para que os heróis sob sua tutela aparecessem em algum projeto da Marvel. Isso levou Isaac Perlmutter, ex-presidente da Marvel Entertainment, que na época combinou as divisões de filmes e séries, a impedir que criadores de quadrinhos criassem novos heróis ou tramas relacionadas aos X-Men e Quarteto Fantástico, franquias que eram Fox.
As Guerras Secretas de 2015
Bem, faça as contas: Os Vingadores recuperaram força nos quadrinhos, principalmente graças aos remakes que atualizaram Capitão América, Thor e Homem de Ferro e sagas como Guerra Civil e Invasão Secreta; os X-Men e o Quarteto Fantástico estavam “na geladeira” por conta das brigas de Hollywood, enquanto os Inumanos se tornaram relevantes novamente; cada vez mais elementos da Marvel Studios aparecendo nas revistas; e, por fim, a linha Ultimate já conta com revistas e arcos que rivalizam com o sucesso dos títulos tradicionais.
A solução que a Marvel encontrou para tudo isso foi combinar todas essas mudanças e realizar um “soft reboot”. Portanto, a editora conseguiu conciliar as coisas entre quadrinhos e cinemas, dar um “fim temporário” ao Quarteto Fantástico, reposicionar os Vingadores e os X-Men, e incluir Miles Morales e outros conceitos e personagens que deram muito certo. ordem cronológica. Mundo-1616.
Com a ajuda de Homem-Molecular e o poder de vários Beyonders (seres poderosos com a capacidade de mudar a realidade), Doutor Destino foi responsável por “salvar” várias pessoas, unindo vários países diferentes em um grande “Mundo de Guerra”. parte era um lugar diferente, cheio de outras versões dos personagens que conhecíamos.
No entanto, alguns personagens da Terra-616 conseguiram sobreviver e chegaram ao Battleworld com memórias de suas vidas passadas e continuaram a criar uma rebelião contra Destino. No final, os heróis são capazes de derrotar o Destino, e com isso o Homem Molecular destrói Battleworld e restaura apenas o universo da Terra-616, com Miles Morales agora fazendo parte dele, mas com lembranças de tudo que aconteceu, levando um Hamburger. para uma pessoa poderosa.
Uma nova variedade aparece, com Reed Richards, Mr. Marvel, agora com o poder do Molecule Man, cria várias novas realidades com a ajuda de seu filho, Franklin.
Como as Guerras Secretas devem acontecer no MCU?
Secret Wars foi anunciado desde o primeiro episódio de Loki e recebeu um “desenvolvimento” no episódio final. A Autoridade de Variação Temporal explica que, no passado, houve guerras “variacionais” que colocaram em risco a realidade. Portanto, todas as linhas do tempo foram “fundidas” em uma, para que os habitantes de outras coisas diferentes não pudessem alegar que o universo é “primário”.
Além disso, no último episódio, vemos a mesma explicação dada ao Aquele que Permanece, que é muito semelhante a Immortus, uma variante de Kang, o Conquistador. Ele diz que várias versões dele estiveram envolvidas em “várias batalhas” para determinar qual mundo seria dominante. Ou seja, se você observar a estrutura das Guerras Secretas, verá que elas também podem ser chamadas de “guerras multiversais”.
Assim como aconteceu com a Saga do Infinito, essa trama, que começou com Loki, já se espalhou por Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. E, mais: terá desdobramentos em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania e, claro, na anunciada chegada de Quarteto Fantástico — afinal, a presença do Doutor Destino e de Reed Richards são essenciais para Guerras Secretas.
Após o anúncio de Dinastia Kang e Guerras Secretas, muitos fãs começaram a teorizar sobre os títulos e o que podemos esperar do filme. A maior até o momento é que os longas irão adaptar o Mundo Bélico do Doutor Destino, trazendo várias variantes diferentes em realidades completamente distintas, e com o Kang no lugar de Victor von Doom, sendo o criador e governante de seu próprio planeta.
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