Crítica – Aquaman 2: O Reino Perdido e o esquecível final do DCEU nas telas.

Crítica – Aquaman 2: O Reino Perdido e o esquecível final do DCEU nas telas.

Uma década após o lançamento de O Homem de Aço (2013), chega ao fim a trajetória do DCEU (O Universo Estendido da DC nas telas) com Aquaman 2: O Reino Perdido. Revisitar esses dez anos de produções é constatar o óbvio: a tentativa inicial de criar um universo de filmes e séries compartilhados da DC Comics nos moldes do que a Marvel vem fazendo por mais de uma década foi marcada por instabilidade. E as cartas, agora, estão todas apostadas em um futuro sob o comando de James Gunn.

Nesse contexto, esperar algo de diferente desse segundo Aquaman, que chega nos cinemas em clima de “apenas para cumprir tabela”, talvez fosse uma expectativa ingrata.

Mais uma vez sob o comando de James Wan (Invocação do Mal), Aquaman 2: O Reino Perdido começa interessante, com uma montagem que pincela Arthur Curry (Jason Momoa) como um herói preso no desafiante dilema de estabelecer uma família e liderar o Reino de Atlântida simultaneamente. Entretanto, esse é um tema que muito pouco se faz relevante no restante do filme. E até mesmo quando Orm, seu irmão (Patrick Wilson), entre em cena, a química entre Momoa e Wilson rende momentos mais “engraçadinhos”, mas nada muito além disso.

Efetivamente, o que Wan parece mesmo almejar é um retorno a uma aventura de heróis mais tradicional, fechada em si mesmo e ignorando completamente acontecimentos de filmes pregressos- com excessão do seu próprio primeiro Aquaman, de 2018. E esse tom aventuresco funciona até tudo começar a soar repetido e reciclado de tantos outros fimes de herói testemunhados nos últimos tempos- a trama de vingança do vilão Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II); a estrutura de ir a tal lugar para encontrar tal coisa; a ameaça que parece neutralizada no clímax apenas para surgir um novo “monstro” instantes depois; e uma conclusão com uma mensagem social idêntica a do primeiro Pantera Negra (2018).

Em suma, é difícil, ao assistir esse segundo longa do herói interpretado por Momoa, encontrar alguma razão para se importar verdadeiramente com aqueles personagens ou com o que vemos em cena. De toda forma, é inegavelmente interessante certos aspectos criativos de Wan no que tange a construção desse universo rico em cores e detalhes. Há uma plasticidade artificialmente mais exagerada e fantasiosa que equilibra um “Star Wars aquático” com pitadas de Duna de forma muito mais interessante e chamativa do que o que foi feito anteriormente em 2023 com Homem-Formiga e a Vespa: Quantuamania, por exemplo- mas é óbivio que, se comparado ao que James Cameron fez em Avatar: O Caminho da Água, tudo perde um pouco de graça, e o fato de algumas sessões desse filme serem em 3-D torna-se injustificável.

Aquaman 2: O Reino Perdido, então, não é um final terrível para esse capítulo disforme dos super-heróis no cinema. É esquecível, de fato, mas à essa altura do campeonato talvez ninguém se importe mais.

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